terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pesquisa confirma que mamografias detectam 2º câncer em fase inicial

Mulheres que sobrevivem a um câncer de mama descoberto na fase inicial correm o risco de desenvolver novamente a doença em qualquer um dos seios. Mamografias anuais era o padrão para essas mulheres, mas havia poucas evidências comprovando a eficiência da prática. Um estudo publicado pelo “Journal of the American Medical Association” confirmou que a mamografia é sim capaz de detectar um segundo câncer em fase inicial.
O estudo foi feito pelo Consórcio de Vigilância do Câncer de Mama (BCSC, na sigla em inglês) ao longo de 12 anos. Foram analisadas 58.870 mamografias anuais em 19.078 mulheres que já tinham tido o câncer e o mesmo número de exames em 55.315 mulheres sem o histórico da doença. Eles foram comparados tendo em vista a densidade do seio, a idade e o ano da mamografia.
Foram detectados 655 segundos cânceres em mulheres que já tinham sofrido a doença; entre as que nunca tinham tido, 342 cânceres foram diagnosticados. Respectivamente, as taxas são de 10,5 e 5,8 para cada 1.000 mamografias.
“A mamografia foi eficiente para encontrar cânceres em mulheres que já tinham tido câncer, mas nem tanto nas que não tinham tido”, disse a Dra. Nehmat Houssami, da Universidade de Sydney, na Austrália, que participou da pesquisa. “Descobrimos que tanto os ‘falsos positivos’, quanto os ‘cânceres de intervalo’ foram mais altos, e a mamografia não foi tão eficiente para detectar o câncer de mama agressivo em mulheres com histórico pessoal de câncer de mama”.
“Falsos positivos” são os exames que sugerem que a paciente tenha o câncer, o que não é confirmado em exames subsequentes. “Cânceres de intervalo” são os que não são detectados pela mamografia anual – de precaução –, mas sim por outros exames e sintomas no período entre duas mamografias.

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