segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cientistas geram hidrogênio a partir de bactérias usadas para tratar água

México bactéria hidrogênio 1 (Foto: Unam / Divulgação)
Um grupo de pesquisadores da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) desenvolveu um método para gerar hidrogênio com bactérias utilizadas no tratamento de águas negras, informou nesta segunda-feira (25) a instituição.
Os cientistas de um laboratório de pesquisa da faculdade de engenharia da Unam, liderados pelo pesquisador Germán Buitrón, aproveitaram os subprodutos do processo de tratamento da água residual para gerar energia de maneira sustentável.
No tratamento das águas por via anaeróbia (ausência de oxigênio), as bactérias do gênero clostridium degradam a matéria orgânica presente na água e geram uma mistura de metano e dióxido de carbono conhecida como biogás. A partir dos carboidratos contidos em resíduos orgânicos, muitos organismos anaeróbios podem produzir hidrogênio na ausência de luz.
O objetivo do projeto é utilizar esse processo para produzir hidrogênio, revelou a instituição em comunicado.
"O desafio é maximizar a geração (de hidrogênio), porque as quantidades obtidas são baixas. Atualmente, estudamos como fazer com que as velocidades de produção do hidrogênio aumentem", disse Buitrón.
O pesquisador ressaltou que "o principal interesse" no uso do hidrogênio está em "não gerar gases do efeito estufa, pois, como subproduto de sua combustão, só se produz água", e porque "tem um alto poder calorífico".
Segundo ele, o valor energético de um quilograma de hidrogênio é equivalente ao de 2,4 kg de metano, além de ter 2,75 vezes mais energia que os hidrocarbonetos.
Buitrón afirmou que, embora a matéria orgânica procedente das águas negras "seja talvez insuficiente para sustentar uma energia global", este processo poderia "ajudar a compensar, de maneira substancial, os custos do tratamento de líquidos", especialmente daqueles com altas concentrações de matéria orgânica.

Um comentário:

  1. Cara seu blog é muito interessante!
    Parabéns!
    Vou divugá-lo no twitter
    @biomedicina

    Att,
    Brunno Câmara
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