sexta-feira, 22 de abril de 2011

ONU alerta que erradicar vírus da gripe aviária levará uma década

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) alerta que erradicar o vírus "altamente patogênico" H5N1 da gripe aviária nas aves de criatórios nos seis países nos quais é mais endêmico levará, ao menos, uma década.
Em comunicado de imprensa divulgado nesta quinta-feira em sua sede em Roma, a agência das Nações Unidas divulga um novo relatório com recomendações específicas sobre as medidas que deveriam ser adotadas nos países em que o H5N1 está presente nos próximos cinco anos para avançar em direção à eliminação do vírus.
Nesse estudo, a FAO pede aos doadores internacionais e aos Governos das seis nações nos quais o H5N1 é endêmico (Bangladesh, China, Egito, Índia, Indonésia e Vietnã) um compromisso contínuo nos esforços para a erradicação do vírus.
Pelo relatório, o vírus da gripe aviária, que durante seu pico, em 2006, foi detectado em 60 países, segue presente nessas seis nações, a maioria asiáticas, por uma combinação de três fatores.
O primeiro, indica a FAO, está relacionado com a estrutura de seus setores avícolas nacionais; o segundo fator é a "qualidade dos serviços veterinários e de produção animal tanto públicos quanto privados, que nem sempre são capazes de detectar e atender às infecções", e o terceiro é a "falta de compromisso" para enfrentar com firmeza o vírus H5N1.
A FAO lembra que desenvolveu junto à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) uma estratégia mundial para a prevenção e a luta contra o H5N1, que recomenda que os países nos quais o vírus da gripe aviária é endêmico realizem um enfoque de médio e longo prazo, mais que limitar-se a uma resposta imediata à emergência.
Nos últimos sete anos, a FAO executou um programa mundial para combater a gripe aviária, no qual participaram mais de 130 países por meio de 170 projetos de pesquisa, detecção e controle direto da doença.

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